PRESS RELEASE


SUSTAIN TOTAL 2014 - Brazil Waste Summit
Evento discute temas críticos dos Planos Municipais de Gestão Integrada

No dia 13 de novembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo será palco de evento técnico que reunirá temas críticos, pouco discutidos em eventos sobre resíduos sólidos. O Sustain Total é uma ação de mobilização para discussão dos gargalos de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos na esfera municipal.
A programação desta edição inclui debates de temas urgentes do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, como a importância do gerenciamento e controle da execução dos planos e inclusão estruturada das cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, considerando também relevante demanda no atendimento das metas pré-definidas pelo Acordo Setorial de Embalagens em Geral (Coalizão).

 “Temos acompanhado ultimamente uma maior quantidade de Termos de Ajustamento de Conduta assinados pelos municípios e pelas concessionárias de serviços públicos em função da falta de preparo técnico nos convênios firmados com as cooperativas de catadores, estamos gerando um passivo desnecessário, precisamos ajudar a qualificar melhor as cooperativas para atender as demandas dos municípios, a profissionalização é o melhor caminho, principalmente, em saúde e segurança do trabalho”, enfatiza Manuela Morales, vice-presidente do IBDS.

O Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho tem reunido esforços para orientar e autuar as gestões públicas municipais no sentido de sinalizar os potenciais passivos trabalhistas, previdenciário e civil nos convênios assinados. A falta de preparo dos gestores públicos em gestão de resíduos urbanos e pública e notória.

“As relações entre cooperativas, prefeituras e concessionárias precisam ser melhor equilibradas para atender as metas dos planos municipais, principalmente, nas questões de ampliação da coleta seletiva, educação ambiental e pontos de entrega voluntária”, ratifica Manuela Morales.

A execução dos orçamentos municipais para implementação dos planos municipais precisam atender os princípios da gestão pública (razoabilidade, transparência, publicidade, eficiência, etc.). “Precisamos dar maior transparência ao processo de investimento e realização de despesas na implementação do plano municipal, considerando que o contrato de gerenciamento do resíduo urbano é um dos maiores contratos da gestão pública, ficando no mesmo patamar dos orçamentos da saúde e educação municipal na grande maioria dos municípios”, relata Ricardo Vieira, presidente do IBDS.

 Mesmo considerando o passivo gigantesco da manutenção dos lixões em mais de 2900 municípios pelo País, precisamos acompanhar a execução daqueles planos municipais aprovados com recursos públicos já alocados em orçamento, que possam ter condições de alcançar as metas de aumento da cobertura da coleta seletiva, ações de educação ambiental, ampliação dos PEVs, redução da disposição em aterros sanitários, contribuindo para melhoria contínua dos indicadores de reciclagem de embalagens e materiais.

“Precisamos também quebrar os paradigmas fiscais e tributários do material reciclado, alcançando vantagens econômicas sobre a matéria virgem bruta das embalagens, ainda estamos destinando milhões de reais em embalagens e materiais para aterros sanitários, sem metas de controle e sanções administrativas”, enfatiza Manuela Morales. A indústria da reciclagem pode ampliar alianças com as cooperativas de catadores, verticalizando a produção e o beneficiamento, no sentido de fortalecer o crescimento dos indicadores e das redes de cooperativas pelo País.

Vamos debater o papel do Poder Público Municipal sobre a gestão pública de resíduos sólidos, sua qualificação na gestão do orçamento, sua liderança em alinhar os interesses das partes interessadas ao processo, sua capacidade de adequação as novas metas do Plano Nacional, e, principalmente, sua responsabilidade civil nos convênios firmados para implementação dos planos municipais.

“Precisamos entender que os Estados, juntamente com os Municípios, têm grande responsabilidade civil sobre a implementação dos planos, seja em regime municipal ou em consórcios intermunicipais”, ratifica o presidente do IBDS, pois a meta de aumento da coleta seletiva e dos indicadores de reciclagem devem estar associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Outro tema de relevante importância é a profissionalização da gestão e aumento da produtividade das cooperativas. Segundo a minuta do Acordo Setorial de Embalagens (Coalizão), em avaliação pelo Ministério do Meio Ambiente, um dos compromissos mais importantes é a triplicação do número ou da capacidade das cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, além da viabilização de ações necessárias para capacitação dos catadores das cooperativas e aquisição de máquinas e equipamentos.

Num efeito cascata, as cooperativas precisam estar bem preparadas para receber e processar volume bem maior de materiais, previsto e determinado pelas metas do Acordo Setorial, garantir maior eficiência e capacidade de produção. Além disso, o acordo setorial estabelece a criação e o desenvolvimento de novas cooperativas e pontos de entrega voluntária (PEVs) com meta básica de triplicar a quantidade nas cidades-sede da Copa do Mundo, conforme tabela abaixo:


Cidade

População atendida pela coleta seletiva municipal (2010)

População a ser atendida pela coleta seletiva municipal (2015)

Cooperativas

PEVs

2010

2015

2010

2015

Rio de Janeiro

35%

90%

33

99

15

45

São Paulo

25%

90%

62

186

149

447

Curitiba

100%

100%

09

27

06

18

Cuiabá

---

90%

02

06

01

03

Belo Horizonte

14%

90%

11

33

05

15

Porto Alegre

100%

100%

15

45

00

03

Manaus

06%

90%

06

18

00

03

Salvador

20%

90%

11

33

03

09

Recife

62%

90%

07

21

08

24

Natal

36%

90%

04

12

00

03

Brasília

25%

90%

07

21

11

33

Fortaleza

---

90%

17

51

17

51
O Poder Público Municipal tem papel fundamental no processo do aumento da capacidade e de produção das cooperativas, tanto no aumento do volume da coleta seletiva, como na promoção das ações de educação ambiental, que poderá instituir incentivos econômicos à indústria de reciclagem e aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva.
“Precisamos promover melhores práticas na implementação e gestão dos planos municipais de resíduos sólidos, garantir que sejam efetivadas metas básicas do Plano Nacional como a execução transparente dos planos municipais e inclusão estruturada das cooperativas, que geram grande impacto ambiental no processo pós-consumo”, ratifica presidente do IBDS.


SUSTAIN TOTAL III

Brazil Waste Summit
13 de novembro


Assembleia Legislativa de São Paulo

Auditório Teotônio Vilela
9h00 às 17h00


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